Um novo estudo, produzido por cientistas da Universidade de Califórnia-Berkeley, mostrou que houve um aumento na absorção de gás carbônico (CO2) da atmosfera por parte de plantas e florestas, que estão, efetivamente, desacelerando o aquecimento global.
Entretanto, esse aumento de absorção ainda não é suficiente para resolver o problema a curto, médio ou longo prazo, tendo em vista que o homem ainda está produzindo uma quantidade maior do gás em relação ao que a vida vegetal da Terra consegue compensar.
O time de pesquisadores usou uma metodologia que combina machine learning, modelos computadorizados de biosfera simulada e distribuição de sensores para medir a capacidade de fotossíntese e dispersão de CO2. Como ele fica por muito mais tempo na atmosfera do que outros gases do efeito estufa, o gás carbônico costuma ser o foco de todos os esforços de redução de emissões em diversos países e pela ONU, que recentemente planejou novos acordos climáticos no evento COP26.
Usando informações de bases de dados públicas – como a AmeriFlux -, a equipe internacional construiu 500 mini torres meteorológicas, instalando-as em diversas florestas ao redor do mundo, no intuito de medir a troca de gases entre plantas, atmosfera e solo. Além disso, imagens de satélites ajudaram a complementar a coleta de dados para o estudo.
Nisso, entra a segunda conclusão: precisamos impor maior controle sobre as emissões de gases do efeito estufa, a fim de aliviar o serviço prestado a nós pela natureza: “não sabemos o que o futuro nos trará em relação a como as plantas vão responder ao aumento do gás carbônico”, ele disse. “Esperamos que isso vá saturar em algum momento, mas não sabemos quando, nem quanto. Quando isso acontecer, a nossa capacidade de absorção será bem mais baixa para compensar nossas emissões”, diz pesquisador.